terça-feira, 27 de maio de 2008

O Paquistao visto por um brasileiro

Para quem tem interesse em conhecer um pouco mais sobre a história e a vida hoje no Paquistao fica a sugestao da leitura do blog do Fernando Scheller, que está viajando pelo país e mostrando um pouco para nós daquela realidade:
http://colunas.g1.com.br/redacao/category/g1-no-paquistao/

Ler um dos primeiros posts - sobre a falta de luz - me fez pensar que muitos proponentes de solucao para países em desenvolvimento deveriam ter leituras/experiências como estas para poder entender o que faz ou nao sentido na realidade local. Reflexoes da volta da COP-9...

sábado, 24 de maio de 2008

Da COP-9

Ola pessoal, desde terca-feira estou aqui em Bonn participando da COP-9. Convencao da ONU sobre biodiversidade. Na proxima semana, escrevo um relato mais detalhado sobre as minhas percepcoes. Infelizmente preciso voltar para as minhas aulas ja nesta segunda e nao poderei ficar para ver o desfecho das decisoes nos ultimos dias.

Das primeiras impressoes:

1. Midia brasileira pelo que pude ver acompanhando rapidamente os principais jornais brasileiros pela internet nao esta dando destaque ao que esta acontecendo aqui.

2. O valor economico da biodiversidade tem sido muito debatido nos eventos paralelos, mas falta visao critica de como mudar os mercados (posts anteriores) de fato e quais pressupostos devem ser questionados.

3. Ha a participacao das comunidades locais e indigenas. Elas estao presentes, mas obviamente as relacoes de poderes (nas discussoes) sao desiguais e precisam ser consideradas. Continuamos muito proximos ainda da situacao de criar solucoes sem consultar quem realmente interessa.

4. Repercussao do que esta acontecendo no Brasil. Reges, tentando responder sua pergunta sobre a Marina, coloco o link para uma materia que saiu na quinta no The Guardian e que ainda nao tive tempo de ler. De qualquer forma tive a chance de conversar com algumas pessoas do Greenpeace que trabalham na Amazonia e ter uma visao mais apurada de todos os fatos que levaram a saida e tambem a repercussao dessa saida no Brasil. Segue o link para materia: http://www.guardian.co.uk/environment/2008/may/22/forests.conservation

Para quem quiser acompanhar o que esta acontecendo na conferencia, segue o site oficial tambem da COP-9: http://www.cbd.int/cop9/

domingo, 18 de maio de 2008

Ensolarada Holanda

Como prometido segue o terceiro e último capítulo da série "Para fazer longas histórias curtas" com a minha encantadora impressão da Holanda.

Visitei Amsterdam há 7 anos quando fiz meu backpack pela Europa. Era novembro (outono) e mesmo assim a cidade já tinha me deixado uma boa impressão. Naquela época fiz o programa turístico. Fiquei num hostel no centro de Amsterdam, visitei o museu da Anne Frank, do Van Gogh, mercado de flores e fiz passeio de barco.
Dessa vez tive a oportunidade conhecer o outro lado menos turístico da Holanda. De acordo com o Lonely Planet, por exemplo, apenas 5% da população fuma maconha. Os famosos coffee shops e o red light district no centro de Amsterdam são quase coisas para gringo ver. Não fazem parte do dia-a-dia holandês. Aliás, pelo que meus amigos me falaram os holandeses praticamente não vão centro de Amsterdam pois acham o local meio sujo e com turistas e gente maluca demais. Preferem então viajar meia hora e fazer compra nas mesmas lojas, mas em outras cidades.
Fui visitar lá um casal de amigos de São Paulo, que já vivem há dois anos em Amsterdam: a Dani e o Ricardo. Consegui encontrar ainda a Ju, que estava de passagem para uma conferencia do Global Reporting Iniative. Foi simplesmente muito gostoso. Consegui descansar muito. Fomos ao parque, passeamos de bicicleta, viajamos para Haia, onde fica a corte internacional de justiça da ONU e também a praia. E ainda segui para Delft (famosa pelas porcelanas e para universidade) e Leiden (cidade universitária) na terça-feira por indicação da Dani e do Ricardo
Como eles disseram tive uma impressão extremamente positiva e incorreta sobre o clima na Holanda. O tempo este ensolarado e quente todos os dias, algo incomum para uma cidade que se parece com Londres no que diz respeito ao clima. Minha impressão dos holandeses também não poderia ser melhor. Educados e dispostos a ajudar. Sobre a língua, impossível compreender o que é falado, mas dá para entender alguma coisa escrita, pois o holandês fica no meio do caminho entre o alemão e o inglês.
Enfim, voltei para a Freiburg recarregada de boas energias depois do feriado de Pentecostes em Amsterdam, sendo gentilmente acolhida por amigos tão queridos. Seguem as fotos, senão sigo escrevendo, e acabo tornando essa história mais longa do que deveria. Duas observacoes finais: os holandeses são o povo mais alto da Europa (altura média masculina: 1,86m, o que me leva a crer que também são os mais altos do mundo hehehe. E sobre a praia, significa areia e ver o mar. Nem pensar em entrar na água congelante. Só para os poucos holandeses mais corajosos.


Praia em Haia


Praia em Haia 2

Corte Internacional de Justica da ONU


Delft

Leiden

sábado, 17 de maio de 2008

Castelo da Cinderela

Continuando a série "Para fazer longas histórias curtas"... aqui segue o segundo capítulo. Depois da visita do Ronaldo, viajei no sábado, dia 03 de maio com o Ricardo e o Rafael, dois veteranos brasileiros do curso para Füssen, onde fica o Castelo que inspirou o Castelo da Cinderela - o Neuschwanstein.

O plano era sair no sábado de manha, visitar os castelos no sábado, dormir na cidade e no domingo passear pelas montanhas ao redor. A viagem se tornou uma aventura ou a situação escalou como diríamos aqui na minha casa ("Die Situation eskaliert"). Vamos enumerar então os fatos.

1. Cheguei 30 segundos antes do trem partir. O horário tinha mudado para mais cedo.
2. Subimos para ver os castelos. Na volta perdemos o penúltimo ônibus. Descemos a pé 6 km até a cidade.
3. Füssen 22h: todos os restaurantes de comida típica Bavária fechando. Por sorte conseguimos ainda um restaurante asiático, onde comemos muito bem.

Escalacao
4. 23h20min. Descobrimos no hostel que não havia lugar para dormir. Um grupo de turistas italianos ocupou 80% da acomodacao disponível na cidade de 16 mil habitantes. O último trem para Munique tinha sido às 23h e com exceção de um grande hotel, todas as pousadas fecham na cidade às 22h para evitar turistas que chegavam tarde e saíam no outro dia cedo sem pagar.
5. Sem teto para dormir fomos parar num pub.
6. A menina que atendia no pub super boa gente tentou encontrar quartos para nós. Mas tudo excedia nosso orcamento de estudante.
7. A menina do bar chega com boas notícias: um amigo havia oferecido o sofá da sala da casa dele para a gente dormir.
8. Fomos com o amigo para um outro pub, bem underground com gente um pouco esquisita.
9. Os pubs na cidade são obrigados a fechar as 2h da manha.

Madrugada em Füssen
10. Passada das 2h o pub já fechado e nós lá dentro com os amigos do dono do sofá, um punk quebra uma garrafa na porta.
11. Nós exaustos - ainda em dúvida sobre a estacao e o sofá, optamos pelo sofá para evitar os punks.
12. Dormimos no sofá por 1h30min com dois gatos nos fazendo companhia e os pêlos deles também.
13. 6h da manha: café, um bretzel saboroso e o trem na estacao para voltar à Freiburg.
14. Já perto de Freiburg (5h de viagem) uma senhora de idade senta do meu lado no trem e resolve me contar o signo chinês de todas as personalidades. Do Papa à Nicole Kidman. Achei que essas coisas só aconteciam no Brasil.
15. Chegamos em Freiburg, tomamos um sorvete e cada um foi para casa dormir.
16. Saldo de sono do fim de semana até domingo às 15h - 3h de sono. Havia ido para a balada na sexta com o Ronaldo e só tinha dormido 1h30min.

Resumindo
A arquitetura do castelo é imponente. A companhia de viagem foi excelente. Com todos os imprevistos não tivemos um momento de stress. Caminhamos muito. Apreciamos a paisagem e, sobretudo, aprendemos que Freiburg não tem nada a ver com o interior da Alemanha. Tudo fecha cedo e se não quisermos ficar sem cama da próxima vez, vamos ter que fazer reserva hehehe. Enfim, valeu a pena! Viagem e um pouco de aventura nunca são demais!


Nós bebendo cerveja na viagem de ida


Vista da janela do castelo da Cinderela

quarta-feira, 14 de maio de 2008

Para fazer longas histórias curtas

Estava preparando um post detalhado sobre as minhas mais recentes aventuras nas terras germânicas, mas aí o sol ficou mais forte, a temperatura aumentou e não sobrou mais muito tempo para escrever. Acho que nem vocês teriam tempo para ler tanta história. Então vou resumir em 3 posts os últimos acontecimentos.

O primeiro post trata da minha primeira visita brasileira em Freiburg. No feriado do dia do trabalho, Ronaldinho (gaúcho, mas colorado) veio me visitar. Meu amigo mais antigo. Desde os 8 anos. Dos tempos de Camobi. Vizinho na rua Nery Kurtz. Companheiro para as primeiras notas baixas em Matemática na 7a série ou para uma pizza com vinho em Sampa. Se deixá-lo falar, ele vai sempre lembrar (como fez em Freiburg novamente) que queimei pipoca duas vezes: uma na praia em Capão Novo aos 14 anos e outra sei lá onde mais.
No dia 1 de Maio ensolarado, subimos o Schlossberg que tem uma vista muito bonita aqui de Freiburg .No dia seguinte fizemos piquenique no Titisee - um lago legal aqui perto de Freiburg (fotos do Titisee num dos meus primeiros posts do Blog).