sexta-feira, 31 de outubro de 2008

Uma música que seja

"... como os mais belos harmôniocos da natureza. Uma música que seja como o som do vento na cordoalha dos navios, aumentando gradativamente de tom até atingir aquele em que se cria uma reta ascendente para o infinito. Uma música que comece sem comeco e termine sem fim. Uma música que seja como o som do vento na enorme harpa plantada no deserto. Uma música que seja como a nota lancinante deixada no ar por um pássaro que morre. Uma música que seja como o som dos altos ramos das grandes árvores vergastadas pelos temporais. Uma música que seja como o ponto de reuniao de muitas vozes em busca de uma harmonia nova. Uma música que seja como um vôo de uma gaivota numa aurora de novos sons..." (Vinicius de Moraes)

terça-feira, 7 de outubro de 2008

Ainda algum leitor por aí?

Literalmente o blog tirou quase dois meses de férias enquanto eu faco meus estágios. Para nao deixá-lo mofando vou tentar atualizá-los com notícias nos próximos dias. Entao a primeira notícia velha (parece pao dormido) é sobre a minha viagem à Irlanda para comemorar meu aniversário no final de agosto.

Fui visitar minha amiga Melissa, que está morando em Dublin há 1 ano e meio. Aproveitamos o bank holiday que caiu na segunda-feira do meu aniversário e curtimos bem o feriadao. Dublin é uma cidade bastante aconchegante. Fica na costa. É cortada pelo rio Liffey e tem em seu currículo o escritor James Joyce.

As pessoas, como a Melissa havia contado, sao extremamente atenciosas. No único dia de sol lá, fomos passear no Phoenix Park, o maior parque da cidade. Na saída do ônibus uma senhora de idade usando uma bengala olha para nós e diz: "Enjoy the day girls! It's sunny!". Nao lembro quando foi a última vez que uma pessoa na rua disse algo tao acolhedor. Enfim essa é atmosfera que vivi em Dublin e no vilarejo de pescadores onde fiquei hospedada na casa do Ramón, amigo da Melissa. Howth, o nome da vila, fica ao norte de Dublin e tem uma vista belíssima.

Em relacao aos pontos negativos da cidade estao o transporte público e o sistema de saúde. Nao há metrô e os ônibus tem horários limitados de funcionamento. Sobre saúde, pelo que a Melissa explicou, nao é de boa qualidade e sobretudo é apenas privada. Sobre os estrangeiros, há muitos na cidade. Especialmente da europa central e leste. Brasileiros também. É possível ouvir português em qualquer parte. Na ida para o aeroporto, o comentário do taxista resume um pouco do que já havia ouvido. Quando algum irlandês reclama que há muitos estrangeiros, ele responde que nao se deve reclamar pois os irlandeses também já foram imigrantes há algumas décadas, quando a Irlanda enfrentava uma situacao socioeconomica bem diferente de agora. Ele, próprio, foi com os pais ainda crianca para a Inglaterra e voltou já adulto numa época em que a economia do país se transformava.

Temple Bar - pubs e turistas


Howth - a adorável vila de pescadores