Hoje o dia teve uma ótima notícia. Elinor Ostrom ganhou, junto com outro economista americano, o nobel de economia de 2009. Mas o que isso quer dizer? Para mim, e creio que para meus outros colegas do mestrado, é uma grande alegria saber que um de nossos principais (e mais complexos) autores tem seu trabalho de 30 anos reconhecido.
Devo ter ouvido o nome de Ostrom no mais tardar em janeiro de 2008 e desde então ela acompanha a gente quase que como um mantra quando pensamos sobre governanca dos recursos naturais. Sem dúvida, ao vê-la hoje, pensei: estamos na direcao certa. Mas essas são apenas impressões relacionadas com a minha experiência pessoal do mestrado. O que interessa mesmo nessa história é o rumo que o nobel de economia tem tomado nos últimos anos.
Se nos anos 70 o prêmo foi concedido ao pensamento liberal de Friedman e Hayek (ainda dominante na escola de economia em Freiburg, onde Hayek lecionou), finalmente ele vem mudando de cara. Exemplo disso foram as premiacoes de Amartya Sen (1998), Joseph Stiglitz (2001) e agora Ostrom em 2009. Enfim parece que os tempos em que a economia convencional, na qual indivíduos racionais buscam apenas maximizar utilidade para si, estão finalmente com os dias contados. No lugar disso, começam a serem reconhecidos pensadores falando sobre informacoes assimétricas, capacidades humanas, e agora Ostrom com sua visao de como acao coletiva pode ser favorecida no gerenciamento dos recursos naturais.
Para quem quer conhecer um pouco mais do pensamento de Ostrom segue o link para um texto dela de 1999 que achei disponível na internet. Viva entao o prêmio nobel de economia 2009 (que nao é na verdade um prêmio nobel como os outros, mas sim em honra do prêmio nobel) e também a primeira mulher a recebê-lo!
E aqui notícia da Folha com Ostrom falando do seu trabalho.
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