Já faz quase duas semanas que voltei. Não havia escrito ainda, pois a volta exige bastante. É o corpo que precisa se adaptar ao inverno e à ausência dos sucos naturais. É a mente que precisa se adaptar à falta da companhia de pessoas queridas. É a alma que precisa se adaptar à distância temporária do Brasil. A volta nunca é simples. O corpo reage. Dá sinais da mudança. No meu caso, uma infecção na garganta. Agora quase curada.
Os dias começam lentos e ainda são curtos. Ao menos, já ganhamos 45 minutos a mais de luz do dia em relação ao Natal. Agora escurece às 17h15min e não 16h30min como em dezembro. Aliás, uma nota hoje no canal do tempo informa que este é um inverno atípico na Alemanha: mais frio e mais ensolarado do que o normal.
Inicia o último módulo do mestrado e de repente aparece um texto de Paulo Freire. Logo estaremos na Amazônia. Revisito meu assunto de interesse inicial - desenvolvimento. Enquanto isso me pergunto sobre qual direcao seguir na minha dissertação. Aliás qual será a dissertação?
Enquanto procuro exercitar a paciência com o inverno e com as perguntas, conserto mais uma vez a minha bicicleta (agora já sei até tirar e colocar a roda de novo) e reservo um tempinho para me perder em coisas novas. Ontem percebi uma coincidência, a loja que vende cds, dvds e livros menos blockbusters se chama "Zwei tausend eins" (2001) como a locadora de vídeos em São Paulo. E nas mesmas cores branco e preto. Será que as duas resolveram seguir a mesma estética e nome do "2001 - uma odisseia no espaço"? Vai ver que sim...
Fui até lá para procurar um filme de Fatih Akin, mas acabei saindo com "Stranger than Paradise" de Jim Jarmusch na mão. Interessante. Um road movie sobre a história de dois primos húngaros nos Estados Unidos na década de 80. Para quem gosta de road movie e da nostálgica temática da terra estrangeira, recomendo.
Por último e não menos importante, acabo de ler uma notícia no Estadao on-line sobre um cd gravado em São Paulo (The Principle of Intrusive Relationship), que foi escolhido pela revista Wire como o disco do ano de 2008. É da Sao Paulo Underground ( um vídeo deles abaixo), que acabo de conhecer agora. Deu uma vontade de estar aí para poder ver ao vivo. Acho que iria gostar dessa mistura de jazz com outros ritmos. De qualquer forma, me aguardem. Logo, logo estarei de volta!
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