quarta-feira, 24 de dezembro de 2008

Heiligabend

Dia 24 de dezembro. Data da noite santa (Heiligabend). A ceia será com amigos. Vou preparar o creme de abóbora e a salada. Os pratos principais e a sobremesa estao por conta de outras pessoas, ainda bem! Depois da ceia a jornada rumo ao Brasil inicia. Cerca de 33 horas até Santa Maria. Mala quase fechada. Penso o que mudou desde a última ida para o Brasil. Nao sei se consigo responder. A idade pelo menos já é outra. Isso mudou com certeza. Um abraco para todos. Feliz Natal e uma ótima entrada em 2009!

segunda-feira, 22 de dezembro de 2008

Darcy Ribeiro e o povo brasileiro

Chega um momento da vivência no exterior que depois de tanto sermos questionado sobre nossas origens culturais, nos voltamos avidamente para nosso próprio país. Por que nao somos pontuais? Qual é a minha relacao com o clima tropical? De onde sai esse nosso sincretismo religioso? O que é desenvolvimento para nós? De onde surgiu tanta desigualdade?

Essas sao algumas das questoes que vao e voltam na nossa cabeca. Enfim, sempre há esses momentos em que pensamos o Brasil e nossa gente. E para ajudar nessa reflexao nada melhor do que a companhia de Darcy Ribeiro. Para quem já leu o livro ou viu o documentário "O povo brasileiro", segue o link de uma outra referência: a I parte (sao duas) do documentário "Interprétes do Brasil - Darcy Ribeiro". Um passeio ligeiro mas gostoso pela obra deste grande pensador do nosso país. Boa leitura e um feliz natal quase a caminho do Brasil!

quinta-feira, 18 de dezembro de 2008

Reducao de emissoes de CO2 na Uniao Européia

Neste momento em que só leio e escrevo, compartilho com vocês uma coluna de George Monbiot sobre a posicao de Angela Merkel em relacao às metas de reducao de gases de efeito estufa dos países da Uniao Européia até 2020. Bom texto: http://www.guardian.co.uk/commentisfree/2008/dec/12/greenpolitics-poznan

Nao sei se este asssunto interessa para quem lê o blog, de qualquer forma segue mais um link explicando o contexto do pacote climático da Uniao Européia: http://news.bbc.co.uk/2/hi/europe/7765094.stm

domingo, 14 de dezembro de 2008

Dias de inverno

Descobri que nao houve inverno no ano passado em Freiburg. Era apenas uma preparacao para o inverno de verdade que só veio este ano. No final de novembro, teve um dia de neve de verdade. Dava até para fazer boneco neve na cidade e nao só na Floresta Negra. Tivemos neve com chuva também nesta semana e os dias como vocês podem imaginar andam bem gelados. Curiosamente, o inverno nao está me incomodando tanto quanto eu imaginava. Bem menos do que no ano passado. Apenas a troca de estacao de verao para outono foi difícil. Agora parece que já estou conformada com os dias curtos e o vento gelado na orelha quando ando de bicicleta. Seguem umas fotos abaixo para vocês curtirem um pouco do branco da estacao.


Janela do meu quarto hoje às 4h da tarde


Noite para brincar na neve


Floresta negra vista do meu quarto

quarta-feira, 3 de dezembro de 2008

Pensando, pensando...

Acabo de ler um texto, o último capítulo do livro Institutions and the Environment de Arild Vatn. Estou ainda estado de consternacao pela lucidez que ele trata uma das questoes que mais me preocupa: nosso modelo de crescimento e suas implicacoes.

Em tempos que a maior parte das TVs na Alemanha só fala sobre a quantidade de empregos cortados na indústria automobilística e mostra a reducao do consumo como um grande problema para a economia, me pergunto cada vez mais onde está a solucao? Maior crescimento material gerado gera inevitavelmente processo mais acelerado de degradacao ambiental. Melhoria na eficiência da producao acaba sendo equalizada por crescente producao e consumo. E entao vem o dilema como mudar a lógica de crescimento material fazendo a economia continuar andando? Ele deposita suas esperancas na capacidade da humanidade em criar instituicoes até entao nao vistas. No final Vatn deixa a objetividade científica de lado e encerra o livro com uma reflexao pessoal, que achei interessante divido abaixo com vocês.

"If it was possible to buy 'nothing', I thought. If I could buy 50 square feet of no thing, I could secure some space that was free of all this useless material they call things. Certainly, if nothing was on a wall you could say: 'Something should be put there. We cannot just leave it.' Then I could answer: ' Well, it isn't just left. No thing is already there'. I could even go on and claim the right to this 'no thing' since I had bought it. What a marvellous idea, I thought! Then business and environment could thrive together. Business could make profits from making no thing. It would be really cheap, too. It would come in different colours and it could be sold under various brands. Competition could be mantained. What a fortune for creativity! What a challenge for marketing! And I would be happy since at present producing more of this thing called 'no thing' would be about the best the system could offer to the future." (Arild Vatn, 2005)